domingo, 4 de abril de 2010

Grávida x Mãe

A mudança de mulher grávida para se tornar efetivamente mãe significa tanto que uma explosão de sentimentos e hormônios se dá de forma avassaladora.
Lembro de três momentos distintos. Antes na gravidez tudo se tornava cada vez mais lúdico, a ansiedade se misturava a desejos cada vez mais sublimes. Depois no parto, no exato momento em que Alice surgiu da minha barriga pelas mãos da médica e foi alojada bem junto à minha cabeça, um turbilhão de sentimentos felizes. Tanta emoção que as lágrimas foram inevitáveis. Tanto as minhas quanto as do novo papai.
O terceiro estágio diz respeito aos primeiros dias com a recém nascida. Basta dizer que nada que se possam explicar sobre este "árduo" período de completa abnegação e dolorida escravização mamária pode se aproximar da tradução exata da dificuldade a ser enfrentada nesses duros dias. Cheguei à depressão leve e comecei a entender todas as mulheres que têm depressão pós-parto e fazem loucuras. É indispensável que a mãe tenha ajuda nesses dias (quanto mais melhor), ou pode ser que tenha vontade de cortar a tela de proteção das janelas e se jogar lá embaixo.

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